segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Ex-ministro acusa vice-governador da BA de novos grampos


O vice-presidente de pessoa jurídica da Caixa Econômica Federal e ex-ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB) anunciou que irá na segunda-feira à sede da Polícia Federal em Salvador para encaminhar denúncia sobre grampos, supostamemnte praticados pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia.
Geddel, contudo, preferiu não adiantar o conteúdo das suspeitas, nem quais seriam as vítimas do suposto grampo ilegal. "Não estou ofendendo ninguém. Estou apenas exercendo direito de cidadão. Se eu estiver equivocado em minhas suspeitas, o que não estou, ficará tudo esclarecido. É para isso que existe a instituição do estado democrático", destacou Geddel. Ele vem insinuando que está se repetindo na Bahia o escândalo de grampos ocorrido em 2002, supostamente planejado pelo falecido senador Antonio Carlos Magalhães contra seus desafetos. Entre os grampeados, estavam Geddel, o deputado Nélson Pelegrino e o ex-deputado Benito Gama.
Na época em que grampos foram realizados, o atual vice-governador da Bahia Otto Alencar, assumiu o governo do Estado interinamente por nove meses em lugar do então governador César Borges, que se afastou para disputar uma cadeira no Senado.
Agora, Geddel insinua que pode estar havendo uma repetição da prática, o que foi refutado com veemência pelo governador Jaques Wagner. Geddel ironizou a reação de Wagner. "Por não ser baiano, o governador não conhece a história do Estado. Quem comandou os grampos naquela época não só continua no governo, como está mandando mais do que ele. É o vice-governador Otto Alencar", acusou.
Semana passada Wagner havia afirmado que Geddel "não precisa ter trauma, porque quem grampeou ele não está mais no governo". A Secretaria de Segurança Pública também refutou as acusações. Em nota, o secretário de Segurança, Maurício Telles Barbosa, afirma que "por imposição da Justiça e orientação do governador, as escutas telefônicas somente são realizadas após determinação judicial e sob acompanhamento do Ministério Público". O vice-governador Otto Alencar até o momento não se pronunciou sobre as acusações de Geddel.

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