quinta-feira, 8 de abril de 2010

Igreja Católica promove discussão sobre o Porto Sul em Ilhéus

Ilhéus (BA), 31 de março de 2010 – A Cáritas Diocesana de Ilhéus realiza no próximo dia 9 de Abril um encontro de reflexão sobre o Porto Sul. O evento faz parte da programação da Campanha da Fraternidade deste ano cujo tema é “Fraternidade e Economia: Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6,24). O debate será no auditório da Justiça Federal, localizado no centro de Ilhéus, a partir das 19h, onde serão discutidos temas relacionados aos impactos sociais, ambientais e os riscos deste projeto para o meio ambiente. O encontro é aberto a toda a comunidade.


A Cáritas é um serviço da Igreja Diocesana que tem o objetivo de promover a ação social, através da criação e funcionamento de serviços paroquiais para o melhor conhecimento dos problemas que afligem a comunidade. A Cáritas quer participar da transformação social tendo como base o desenvolvimento solidário.

O que é o Porto Sul? Porto Sul é um projeto dos Governos Federal e da Bahia que prevê a construção de um porto no município de Ilhéus, na Ponta da Tulha, principalmente para o embarque de minérios. O principal beneficiário identificado até o momento é a Bahia Mineração (BML), uma empresa que detém os direitos de exploração de minério de ferro na região de Caetité (BA).

Segundo os ambientalistas, a região onde o governo pretende construir o porto é Reserva da Biosfera da Humanidade, onde a Mata Atlântica se apresenta em todo seu esplendor. A biodiversidade da região está entre as maiores do mundo, com grande número de espécies encontradas apenas neste bioma. Isto representa um enorme potencial de desenvolvimento de descobertas para a humanidade. É também habitat de espécies animais e vegetais que estão ameaçados de extinção, como o mutum do sudeste, preguiça de coleira, suçuarana e o macaco prego do peito amarelo.

O projeto do Porto Sul também traz forte impacto para a vasta variedade de corais e vida marinha presentes nesta região, por conta de afundamento médio de cerca de 5 metros do fundo do oceano necessário para a construção do píer de embarque.

Além dos impactos ambientais, o projeto de uma nova zona portuária em Ilhéus tem outras consequências econômicas e sociais para as pessoas que vivem e trabalham na região, especialmente no setor turístico.

Sobre a Rede Sul da Bahia Justo e Sustentável:

A Rede Sul da Bahia Justo e Sustentável é uma mobilização de organizações locais e nacionais/internacionais que atuam na região. Seu objetivo é apoiar e estimular iniciativas de desenvolvimento para o sul baiano, baseado nos pilares da sustentabilidade – desenvolvimento econômico, respeito ao meio ambiente e à cultura, e justiça social. Criada em outubro de 2009, a Rede já soma mais de 130 associados, com ações nos campos da economia e geração de renda, da saúde, da educação, do meio ambiente, do turismo, entre outros. Mais informações e formas para associação, pelo site http://redecoalizaosulba.ning.com/

Mais informações sobre o encontro de reflexão sobre o Porto Sul

ilhéus@caritas.org.br

caritasilheus@yahoo.com.br

Assessoria de Imprensa da Rede Sul da Bahia Justo e Sustentável:

P2comunicacoes@gmail.com

fonte:Israel Nunes

quinta-feira, 1 de abril de 2010

PV impede candidaturas de condenados pela Justiça

A Executiva Nacional do PV aprovou resolução que impede a candidatura de qualquer integrante do partido com condenação judicial definitiva (transitada em julgado). A resolução, que incorpora termos do projeto Ficha Limpa em tramitação no Congresso Nacional, foi encaminhada hoje (29) para publicação no Diário Oficial da União e é válida já para as eleições de outubro.
 
Para senadora Marina Silva, pré-candidata do PV à Presidência da República, a decisão demonstra coerência do partido. “Como nós trabalhamos para a aprovação do projeto Ficha Limpa no Congresso e em nosso blog, faz sentido que nos antecipemos já na implementação.”
 
Pela decisão, não serão admitidos como candidatos do PV políticos condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, desde a condenação até o transcurso do prazo de oito anos após o cumprimento da pena por crimes contra a economia popular, a fé pública, a administração pública, por atos contra o patrimônio privado, o sistema financeiro, o meio ambiente, a saúde pública e contra a vida.
 
A resolução impede ainda candidaturas de políticos que tiveram suas contas relativas a funções públicas rejeitadas por irregularidade que configure ato de improbidade administrativa.
 
Na opinião do presidente nacional da legenda, o vereador paulistano José Luiz de França Penna, “para construir algo diferente do que está aí, precisamos de pessoas compromissadas com a ética”.
 
A Resolução define ainda restrições à comissões municipais e candidatos que nao marcharem com as candidaturas do PV em todos os níveis. Candidatos perderão a legenda e comissões municipais serão canceladas.
 
Para Ivanilson Gomes, presidente do PV Bahia "essa resolução define de fato que o PV tem um pprojeto e que cobrará fidelidade de todos, não permitindo qualquer tipo de desvio."