Terminou o primeiro turno das eleições 2010. Não é novidade para ninguém o crescimento que o Partido Verde alcançou nesse pleito. Na Bahia não foi diferente.Começamos nosso projeto com algo que nenhuma outra direção ousou fazer: discutir nas bases, percorrendo o interior do estado, ouvindo lideranças e filiados, debatendo possibilidades, caminhos possíveis de serem trilhados e que melhor nos levariam ao crescimento.Nossos encontros regionais, já faz um ano, foram o despertar das bases verdes.Lá iniciou nosso projeto.Com a definição de candidaturas majoritárias no estado, em um memorável encontro estadual,
democraticamente conduzido pela direção partidária, enfrentando grandes estruturas de poder
que não aceitavam tal decisão, o PV começa a trilhar a construção de uma identidade
enquanto partido político, ainda incipiente.Começa a campanha oficial. Problemas estruturais viram regra para nossas candidaturas.Promessas de estrutura mínima não se concretizaram. Porém nossa chapa proporcional foi amaior de todos os tempos. Em 2006 tivemos 9 candidatos a deputado federal contra 19 em 2010. 9 disputaram uma cadeira na Assembléia em 2006 contra 41 em 2010. Já a votação cresceu de 67.831 para o conjunto de deputados federais para 107.432 votos, ede 39.394 para 145.401 para deputados estaduais. Em 2010 só na nossa chapaconseguiríamos eleger um deputado estadual verde e recuperamos, com cerca de 25.000votos (a menor dos eleitos), a cadeira verde na Assembléia Legislativa deixada oito anos atráspor Edson Duarte e que muito nos faz falta. Ter um deputado estadual nos traz resultadosimediatos: recuperamos o tempo de televisão regional. Já a votação para deputado federalamplia nosso tempo na TV e nossa conta do fundo partidário. O voto de legenda também cresceu. Tivemos 12.615 em 2006 e 73.440 em 2010. Estavacorreta a análise da direção que insistiu em trabalhar o tempo de televisão no sentido deampliar os votos de legenda imaginando a onda verde, concretizada na última semana daseleições e que conferiu a Marina Silva quase 20 milhões de votos. Nossas candidaturasmajoritárias cumpriram seu papel: levaram nossa mensagem mais longe. Entraram nos lares.
Agora temos o segundo turno presidencial. A direção nacional tem os elementos para construir da melhor forma o caminho verde nesse momento. A rede PV está aberta a sugestões que possam ampliar os subsídios para tal decisão. Posicionamentos individuais devem ser rechaçados.
Finda tais discussões é preciso pensar na segunda etapa do nosso projeto: 2012. O mapa eleitoral nos dará subsídios para uma completa reformulação nos critérios e relações no PV Bahia. Diretórios que convertem votos mínimos mesmo tendo vereadores e até prefeito ou vice não poderão mais estar guiando o projeto verde no interior. A lealdade ao projeto verde e a dedicação serão elementos essenciais na avaliação para os projetos municipais das próximas eleições.
A hora é de arrumar a casa. Mais uma missão de todos. Principalmente aos que se dedicaram na campanha, que estiveram na linha de frente da disputa, na conquista dos votos, no convencimento de uma sociedade cada vez mais descrente dos “políticos”. Como nos disse Herbet Daniel “quem quer não precisa mandar nem pedir. Faz!”.
André Fraga
Direção Estadual PV Bahia
Membro do Conselho Nacional PV
Nenhum comentário:
Postar um comentário