quinta-feira, 3 de junho de 2010
Definição sobre usinas nucleares para o Nordeste sai neste semestre
A Bahia é um dos estados que estão no páreo para receber um dos quatro equipamentos
Até o final deste semestre, a Eletronuclear, subsidiária da Eletrobrás, conclui os estudos que indicarão locais no Nordeste do País aptos a receber duas das quatro usinas nucleares a serem implantadas pelo governo federal nos próximos anos.
A afirmação foi feita, ontem, pelo presidente da estatal, Othon Luiz Pinheiro da Silva, em meio a um embate entre governo e ambientalistas na audiência pública da Comissão de Meio Ambiente da Câmara requerida pelo deputado federal baiano Edson Duarte (PV).
A Bahia é um dos estados que estão no páreo para receber uma das usinas, inclusive com documento de intenções já encaminhado ao Planalto pelo governador Jaques Wagner, para irritação dos verdes baianos.
“O governador, ao se eleger, não recebeu carta branca da sociedade baiana. Ele não está discutindo o assunto nem com as instituições nem com a sociedade”, criticou Duarte.
Por meio de sua assessoria, Jaques Wagner respondeu que os debates vêm acontecendo, sim, dentro dos conselhos que têm participação da sociedade civil “bastante fortalecidos, aliás, nesse governo” e que, como é necessária uma emenda à Constituição Estadual para instalação da usina, a sociedade também participará dos debates no âmbito da Assembleia Legislativa.
Concluídos os estudos da Eletronuclear, o governo federal terá que encaminhar um projeto de lei ao Congresso Nacional pedindo autorização para construção das usinas.
Plano As novas usinas nucleares no País fazem parte do Plano Nacional de Energia 2030, denro do esforço do governo federal para ampliar a oferta de energia, mas ainda não se sabe a projeção de investimentos.
O Plano Decenal de Energia (PDE) prevê investimentos de R$ 951 bilhões até 2019 para fazer frente a uma previsão de crescimento da demanda de energia elétrica ao ritmo de 5,1% ao ano, o que significa ter que agregar cerca de 6,3 mil megawatts anuais nos próximos dez anos.
Sabe-se que um dos locais na Bahia fortemente cogitados para instalação da usina é o Submédio São Francisco, na divisa com Pernambuco, com previsão até de uso das águas do rio para refrigeração da usina.
Ludmilla, de A Tarde.
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