segunda-feira, 18 de outubro de 2010

VEJA-13/10/2010 - Entrevista Russell Mittermeier - "[O Brasil] Rumo à potência verde"

Revista VEJA – edição 2186-13/10/2010
Entrevista Russell Mittermeier

Rumo à potência verde

O primatólogo aposta que o Brasil será o primeiro país do mundo a virar colosso econômico sem destruir a natureza e diz que a votação de Marina Silva é sinal disso


Russell Mittermeier estava embrenhado nas matas de Madagáscar gravando um programa de televisão sobre primatas para a BBC inglesa quando recebeu a notícia de que a candidata a presidente do Brasil pelo Partido Verde recebera quase 20% dos votos. "Os brasileiros estão mandando um recado para o mundo", festejou o primatólogo. Para ele, a votação expressiva de Marina Silva pode ajudar a transformar a agenda ecológica em tema nacional. Mittermeier, 60 anos, comanda a Conservation International, uma das mais competentes organizações ambientais do mundo, e sempre que pode abandona o escritório para se meter nas florestas do Brasil, Suriname e Madagáscar. Ele já identificou doze espécies (três tartarugas, três lêmures e seis macacos amazônicos). Fala seis idiomas, incluindo o sranan, língua crioula do Suriname, e o português.

Qual e a importância de uma candidata com consciência ecológica chegar perto dos 20% numa eleição presidencial?
É uma coisa fantástica. Os brasileiros estão mandando um recado para o mundo, dizendo que reconhecem o meio ambiente como base para o desenvolvimento sustentado. E sensacional, sobretudo porque não estamos falando de uma nação qualquer. Além de ser uma potencia emergente, o Brasil é dono da maior biodiversidade do planeta.

O senhor acredita nisso mesmo sabendo que em boa parte os votos dados a Marina Silva não foram votos ecológicos?
É ainda melhor. Marina é mais do que uma candidata verde. Ela tem uma capacidade rara entre políticos, que é a habilidade de falar para diversos públicos. Ela fala para os pobres, para os povos da floresta, para os ricos. Sua base eleitoral, portanto, é mais ampla. Por isso, confesso que não fiquei surpreso com seu desempenho eleitoral.

Com sua crescente influencia política, ela pode fazer com que a agenda verde deixe de ser uma preocupação dos ecologistas e passe a ser um tema nacional, uma preocupação universal. Isso faz toda a diferença. Quando era senador, Al Gore fazia um excelente trabalho em defesa do meio ambiente. Ainda em 1988, ele me deu uma aula sobre mudanças climáticas no computador do seu gabinete no Senado. Fiquei impressionado. Mas, quando se tomou vice-presidente de Bill Clinton, Gore calou-se. Por quê? A agenda verde era um nicho, representava um segmento estreito, e Clinton provavelmente não queria ser carimbado como verde. Era quase como ser carimbado como sectário. Quando Marina foi ministra do Meio Ambiente, enfrentou uma situação similar. Ela fez o que pode no contexto em que atuou e saiu quando viu que não podia fazer mais. Quando a agenda ecológica sai do nicho e passa a ser uma agenda nacional, é aí que a coisa avança. Marina está liderando tal avanço no Brasil, e esse e um recado fundamental para o mundo.

Agora, petistas e tucanos estão disputando o apoio de Marina para o segundo turno. Em termos de agenda ambiental, o que ela deveria exigir em troca?
De imediato, que não haja mudança no Código Florestal Brasileiro. É um código muito bom, mas há um projeto de lei circulando no Congresso para modificá-lo, reduzindo seu alcance. Se isso acontecer, será um retrocesso, e novas áreas de floresta serão destruídas.

O Brasil é um devorador de florestas?
O Brasil sofre críticas procedentes, porque tem problemas ambientais, mas é preciso reconhecer seus méritos. Nenhum outro país criou tantas áreas de proteção ambiental. Nem os Estados Unidos. Ate o início da década de 70, o Brasil não tinha nada nesse terreno. Lembro que no departamento de parques do antigo Instinto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal contava com apenas duas pessoas. Alceo Magnanini e Maria Tereza Jorge Pádua, que até hoje fazem um excelente trabalho. Em 1973, foi criada a Secretaria Especial do Meio Ambiente, cujo titular era Paulo Nogueira-Neto, um sujeito fantástico que começou a criar estações ecológicas. Daí em diante, o negócio deslanchou. Hoje, o Brasil tem áreas de proteção ambiental nas esferas federal, estadual e até municipal. É impressionante. Além disso, existem as áreas privadas e as áreas indígenas, que protegem grandes extensões de floresta. Os 6000 caiapós, por exemplo, ocupam uma área protegida de 11 milhões de hectares. Somando-se tudo, mais de 50% da Amazônia já está sob proteção legal. É a expressão de um compromisso ambiental notável, que precisa ser intencionalmente reconhecido.

O senhor conhece algum país que tenha se tornado potência econômica e preservado seu meio ambiente?
O Brasil tem tudo para ser o primeiro exemplo da história. Alguns países têm um excelente trabalho ambiental, como Belize e Costa Rica, cuja cobertura florestal está aumentando, mas nenhum dos dois é uma potência econômica. O Brasil tem tudo para ser o líder mundial. Primeiro, porque a biodiversidade brasileira é estupenda. Só rivaliza com a da Indonésia. Segundo, porque a ideia de que a destruição ambiental e condição para o desenvolvimento é uma estupidez do século passado. Não faz nenhum sentido hoje. Terceiro, porque não existe outro país com um grupo de conservacionistas tão dedicados e capazes como o Brasil. Os brasileiros são chamados para manejar os programas dos Estados Unidos. Com isso tudo, o Brasil só não se tornará a potência verde se não quiser. Basta reconhecer o que tem e trabalhar em favor disso.

E o Brasil é um devorador de primatas?
O país também tem a maior diversidade de primatas do planeta. Estima-se que existam cerca de 670 espécies de macaco no mundo, e só no Brasil há cerca de 135. Em segundo lugar está Madagáscar, com 101. Em terceiro, aparece a Indonésia. O Brasil ainda é o que cuida melhor dos primatas. O pior lugar para um primata viver hoje e o oeste da África, em países como Libéria, Guiné Equatorial, Camarões. Come-se muito macaco nesses países. E uma iguaria.

O senhor já comeu macaco?
Hein?

O senhor já comeu macaco?
Se eu responder, posso dar margem a mal-entendido.

Então o senhor já comeu. Foi como iguaria?
Não, não. Se fosse, eu estaria frito com os ambientalistas. Foi há muitos anos, quando estávamos famintos durante uma expedição pelas matas do Suriname.

Na prática, que diferença faz para o ser humano se os gorilas da África equatorial estiverem extintos daqui a dez ou vinte anos?
Se uma espécie de tigre some do planeta, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, não cai nem sobe, mas certamente teremos um mundo mais pobre, culturalmente mais pobre. Existe um fascínio pelos dinossauros, que desapareceram há 65 milhões de anos. Por que vamos deixar desaparecer outros bichos absolutamente espetaculares que existem na Terra? Nosso planeta é o único lugar do universo em que sabemos, com certeza, que há vida. Então, a vida na Terra é uma preciosidade. Mas, além do valor cultural, essas espécies vivem dentro de ecossistemas que nos prestam serviços essenciais. Se as florestas ao redor de São Paulo sumissem, de onde viria a água que abastece a cidade? A região de Catskill, no norte do estado de Nova York, é responsável pelo abastecimento de água da cidade de Nova York. Sem abelhas, quem vai polinizar as p1antações? Sem morcegos, quem controla os insetos? Além do valor cultural e dos serviços que os ecossistemas nos prestam, a biodiversidade é a matéria prima da biotecnologia. Sem biodiversidade, não existiria biomimetismo.

O que é biomimetismo?
É a ciência que tenta aplicar as soluções da natureza para resolver problemas na engenharia, na navegação, na medicina. As tartarugas são um excelente exemplo. Elas põem seus ovos na praia. Depois de dois ou três meses, os filhotes rompem a casca e saem em disparada para chegar ao mar, enfrentando vários predadores, como aves, caranguejos, lagartixas. De cada 100 filhotes, um chega ao mar. Essa tartaruguinha vai crescer nadando pelos oceanos, girando o planeta. Esses répteis têm etiquetas monitoradas por satélites, que mostram que percorrem distâncias incríveis. No entanto, depois de trinta ou quarenta anos, quando chega a hora de fazer sua desova, a tartaruga volta a mesmíssima praia onde nasceu. Como? Qual é o mecanismo que lhe permite encontrar precisamente a mesma praia? A Marinha americana estuda o fenômeno há cinqüenta anos. Especula-se que ela se guie pelas estrelas, pelo cheiro, mas não há resposta definitiva. Quando e se houver uma conclusão, poderá ser de extrema utilidade para a navegação. Os cupins podem ajudar os arquitetos no controle de temperatura das construções. Nas savanas da África e no cerrado, onde é terrivelmente quente, os imensos capinzais estão sempre fresquinhos, com temperatura amena, como se fossem dotados de ar-condicionado. Como isso é feito? Na América do Sul, sobretudo na costa da Colômbia, há um sapo pequeno, amarelo, extremamente venenoso. Mata em cinco minutos, porque tem um veneno 200 vezes mais forte do que a morfina. Os cientistas querem saber como é fabricado esse veneno. Levados para o laboratório, em três meses os sapos não tem mais veneno. Por que? O que eles captam no seu habitat, o que retiram dos insetos, o que comem, o que é, enfim, que os dota de um veneno tão poderoso? Esses sapinhos são pérolas, são como pequenos xamãs com seus segredos químicos.

A biodiversidade da Terra é suficientemente conhecida?
Até hoje, a ciência descreveu 1,9 milhão de espécies, entre animais, plantas e micro-organismos. Mas as estimativas mais conservadoras informam que a diversidade total pode chegar a 5 milhões de espécies. As mais otimistas falam em até 30 milhões. Seja como for, nosso desconhecimento sobre as formas de vida do planeta ainda é enorme. Em 1994, fizemos uma expedição para catalogar lêmures de Madagáscar. Adoro lêmures. Encontramos cinqüenta espécies. Em 2006, realizamos uma nova expedição. Catalogamos 71 espécies. Agora, numa terceira expedição, achamos 101. O dobro numa década e meia. Na Amazônia, estamos sempre encontrando novas espécies de sagui. É um ritmo de descobertas tão intenso que só se compara ao que ocorreu nas grandes expedições do século XIX, lideradas por Alfred Wallace, Henry Bates, Alexander von Humboldt e Richard Spruce.

Então por que se fala tanto em destruição?
Há dois processos simultâneos. Um, positivo, e o conjunto de descobertas feitas em áreas que, no passado, não eram acessíveis. O outro, negativo, e a destruição sem paralelos da natureza. Nos últimos 500 anos, um período curto em termos geológicos, o ritmo de desaparecimento de espécies aumentou mais de 1000 vezes. É uma estimativa muito grosseira, mas perdemos coisas espetaculares em ilhas do Havaí, na Austrália, na Nova Zelândia. Em Madagáscar, que conheço bem, havia um lêmure do tamanho de um gorila. Não existe mais. Havia outro que parecia um coala australiano, pesava uns 50 quilos. Sumiu. Cerca de 400 anos atrás, existia uma ave-elefante que pesava umas 1000 toneladas e chegava a 3 metros, uma coisa sensacional. A ave-elefante era enorme, fazia um avestruz parecer uma galinha. Um negócio magnífico. Não existe mais.

O senhor já descobriu seis espécies de macaco na Amazônia. Qual é a sensação de ver um bicho desses pela primeira vez?
O coração dispara. Identifico uma nova espécie assim que bato o olho. Afinal, conheço esses bichos quase mais do que meus próprios filhos! A coisa mais interessante da vida é ir para um lugar desconhecido e encontrar um bicho que nunca foi identificado pela ciência antes. E indescritível.

O senhor já visitou 141 países. Qual é o a lugar mais bonito do planeta?
Adoro o sul da Venezuela, é uma região absolutamente fantástica, com mata virgem, cascatas gigantescas e os tepuis, aquelas montanhas cujo topo é achatado, dando-lhes a aparência de uma mesa. Foi nessa região que Arthur Conan Doyle se inspirou para escrever O Mundo Perdido. E um pedaço lindíssimo do planeta. 

Líder do PV reúne novos deputados verdes

O líder do Partido Verde na Câmara dos Deputados, Edson Duarte (BA), realizou nesta quinta-feira, 14, um encontro com os novos deputados federais eleitos do PV que vão compor a bancadana legislatura de 2011 a 2015. O encontro teve como objetivo promover a confraternização entre osnovos parlamentares e permitiu também que eles conhecessem um pouco do funcionamento da Câmara antes de assumir o mandato.
 
Além das apresentações iniciais, foi explicado aos novos deputados como funcionam os gabinetes parlamentares, a Liderança do Partido Verde, o serviço prestado pela Consultoria Legislativa, bem como as atividades legislativas que se desenvolvem nas Comissões Temáticas, nas Frentes Parlamentares da Casa e no Plenário.

“Há uma grande expectativa na sociedadequanto a nova bancada do PV na Câmara. Esseencontro serviu para reunir os novos deputados eafinar o discurso sobre a atuação do partido para apróxima legislatura”, explicou Edson Duarte.
Também participaram da reunião os deputa-dos Sarney Filho (MA), Fábio Ramalho (MG) JoséPaulo Tóffano (SP), Alfredo Sirkis (RJ), RobertoLucena (SP), Dr. Sinval Malheiros (SP), RosaneFerreira (PR) e Paulo Wágner (RN). Os deputadosRicardo Izar Júnior (SP), Fernando Gabeira (RJ),Marcelo Ortiz (SP) e Ciro Pedrosa (MG) foram re-presentados por seus assessores.

Em carta aberta a Dilma e Serra, Marina destaca risco de atraso político

Ao final da Plenária Nacional do PV, a senadora Marina Silva, ex-candidata do partido à Presidência da República, leu carta aberta destinada aos candidatos Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) para apresentar seus argumentos em defesa de um posicionamento independente no segundo turno da eleição presidencial.
“Quero afirmar que o fato de não ter optado por um alinhamento neste momento não significa neutralidade em relação aos rumos da campanha. Creio mesmo que uma posição de independência, reafirmando ideias e propostas, é a melhor forma de contribuir com o povo brasileiro”, afirmou Marina.

No documento, a senadora chamou a atenção para a história republicana do Brasil: “Vemos que ela é marcada pelo signo da dualidade, expressa sempre pela redução da disputa política ao confronto de duas forças determinadas a tornar hegemônico e excludente o poder de Estado. Republicanos X monarquistas, UDN X PSD, MDB X Arena e, agora, PT X PSDB”.
“Há que se perguntar por que PT e PSDB estão nessa lista. É uma ironia da História: dois partidos nascidos para afirmar a diversidade da sociedade brasileira, para quebrar a dualidade existente à época de suas formações, se deixaram capturar pela lógica do embate entre si até as últimas conseqüências”, afirmou a ex-presidenciável.
Marina relembrou que ambas as legendas, ao rejeitarem o modelo de federação de oposições ao regime militar que era o MDB, “enriqueceram o universo político brasileiro criando alternativas democráticas fortes e referendadas por belas histórias pessoais e coletivas de lutas políticas e de ética pública”.
“Agora, o mergulho desses partidos (PT e PSDB) no pragmatismo da antiga lógica empobrece o horizonte da inadiável mudança política que o país reclama. A agressividade de seu confronto pelo poder sufoca a construção de uma cultura política de paz e o debate de projetos capazes de reconhecer e absorver com naturalidade as diferentes visões, conquistas e contribuições dos diferentes segmentos da sociedade, em nome do bem-comum”.
A senadora fez questão de ressaltar o conservadorismo de legendas que surgiram com objetivo transformador. “Paradoxalmente, PT e PSDB, duas forças que nasceram inovadoras e ainda guardam a marca de origem na qualidade de seus quadros, são hoje os fiadores desse conservadorismo renitente que coloniza a política e sacrifica qualquer utopia em nome do pragmatismo sem limites.”
Ao analisar o resultado do primeiro turno da eleição presidencial, Marina diz que as urnas trouxeram “uma reação clara a esse estado de coisas, um sinal de seu esgotamento. A votação expressiva no projeto representado por minha candidatura e de Guilherme Leal sinaliza, sem dúvida, o desejo de um fazer político diferente”.
“Se soubermos aproveitá-la com humildade e sabedoria, a realização do segundo turno, tendo havido um terceiro concorrente com quase 20 milhões de votos, pode contribuir decisivamente para quebrar a dualidade histórica que tanto tem limitado os avanços políticos em nosso país”, disse.
Sobre a oportunidade criada pelo segundo turno, a senadora diz a Dilma e Serra que lhes foi dada a chance de “liderar o verdadeiro nascimento republicano do Brasil”.
A respeito do apoio dos eleitores evangélicos, Marina afirmou que não usou sua vinculação à fé cristã evangélica como “arma eleitoral”.
Os exemplos de cristãos como Martin Luther King e Nelson Mandela e do hindu Mahatma Ghandi mostram que é possível fazer política universal com base em valores religiosos, lembrou. “São inspiração para o mundo.”
Por fim, Marina apela a Dilma e Serra que “reconheçam o dano que a política atrasada impõe ao país e o risco que traz de retrocessos ainda maiores. Principalmente para os avanços econômicos e sociais, que a sociedade brasileira, com justa razão, aprendeu a valorizar e preservar”.
Membros do PV-BA estiveram presentes no encontro e votaram pela neutralidade. Foram eles, o presidente estadual do PV, Ivanilson Gomes, o deputado federal líder da bancada na Câmara, Edson Duarte, o deputado estadual eleito, Eures Ribeiro, a vice-presidente do PV baiano, Carmen Reyes e o secretário de finanças estadual, André Fraga.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

O avanço do PV baiano nas eleições 2010

    Terminou o primeiro turno das eleições 2010. Não é novidade para ninguém o crescimento que o Partido Verde alcançou nesse pleito. Na Bahia não foi diferente.Começamos nosso projeto com algo que nenhuma outra direção ousou fazer: discutir nas bases, percorrendo o interior do estado, ouvindo lideranças e filiados, debatendo possibilidades, caminhos possíveis de serem trilhados e que melhor nos levariam ao crescimento.Nossos encontros regionais, já faz um ano, foram o despertar das bases verdes.Lá iniciou nosso projeto.Com a definição de candidaturas majoritárias no estado, em um memorável encontro estadual,
democraticamente conduzido pela direção partidária, enfrentando grandes estruturas de poder
que não aceitavam tal decisão, o PV começa a trilhar a construção de uma identidade
enquanto partido político, ainda incipiente.Começa a campanha oficial. Problemas estruturais viram regra para nossas candidaturas.Promessas de estrutura mínima não se concretizaram. Porém nossa chapa proporcional foi amaior de todos os tempos. Em 2006 tivemos 9 candidatos a deputado federal contra 19 em 2010. 9 disputaram uma cadeira na Assembléia em 2006 contra 41 em 2010. Já a votação cresceu de 67.831 para o conjunto de deputados federais para 107.432 votos, ede 39.394 para 145.401 para deputados estaduais. Em 2010 só na nossa chapaconseguiríamos eleger um deputado estadual verde e recuperamos, com cerca de 25.000votos (a menor dos eleitos),  a cadeira verde na Assembléia Legislativa deixada oito anos atráspor Edson Duarte e que muito nos faz falta. Ter um deputado estadual nos traz resultadosimediatos: recuperamos o tempo de televisão regional. Já a votação para deputado federalamplia nosso tempo na TV e nossa conta do fundo partidário. O voto de legenda também cresceu. Tivemos 12.615 em 2006 e 73.440 em 2010. Estavacorreta a análise da direção que insistiu em trabalhar o tempo de televisão no sentido deampliar os votos de legenda imaginando a onda verde, concretizada na última semana daseleições e que conferiu a Marina Silva quase 20 milhões de votos. Nossas candidaturasmajoritárias cumpriram seu papel: levaram nossa mensagem mais longe. Entraram nos lares. 
  Agora temos o segundo turno presidencial. A direção nacional tem os elementos para construir da melhor forma o caminho verde nesse momento. A rede PV está aberta a sugestões que possam ampliar os subsídios para tal decisão. Posicionamentos individuais devem ser rechaçados.
Finda tais discussões é preciso pensar na segunda etapa do nosso projeto: 2012. O mapa eleitoral nos dará subsídios para uma completa reformulação nos critérios e relações no PV Bahia. Diretórios que convertem votos mínimos mesmo tendo vereadores e até prefeito ou vice não poderão mais estar guiando o projeto verde no interior. A lealdade ao projeto verde e a dedicação serão elementos essenciais na avaliação para os projetos municipais das próximas eleições.
A hora é de arrumar a casa. Mais uma missão de todos. Principalmente aos que se dedicaram na campanha, que estiveram na linha de frente da disputa, na conquista dos votos, no convencimento de uma sociedade cada vez mais descrente dos “políticos”. Como nos disse Herbet Daniel “quem quer não precisa mandar nem pedir. Faz!”.

André Fraga
Direção Estadual PV Bahia
Membro do Conselho Nacional PV

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Aproveitando a onda verde que se alastra pelo país e o excelente desempenho de Marina Silva ,o PV Ilhéus deverá se unir em torno de uma candidatura própria para o pleito municipal em 2012

PV Ilhéus se reune para discutir 2º turno

Marina apresenta agenda por um Brasil justo e Sustentável aos candidatos ao 2º turno

A senadora Marina Silva e o partido Verde apresentaram hoje as propostas que serão entregues aos candidatos ao segundo turno da campanha presidencial a fim de buscar compromissos programáticos para um Brasil Justo e Sustentável, bem como a construção da governabilidade com base em princípios e valores éticos.
As propostas foram elaboradas a partir das Diretrizes para o Programa de Governo da Candidatura de Marina Silva à Presidência da República “Juntos pelo Brasil que Queremos”.
A Agenda por um Brasil Justo e Sustentável contém dez compromissos: transparência e ética; Reforma Eleitoral; educação para a sociedade do conhecimento; segurança pública; mudanças climáticas, energia e infraestrutura; seguridade social (saúde, assistência social e previdência); proteção dos biomas brasileiros; gasto público de custeio e Reforma Tributária; política externa; e fortalecimento da diversidade socioambiental e cultural.

Marina agradece os votos dos baianos e convoca membros da executiva estadual para discutir rumos no 2º turno

    A candidata do Partido Verde à presidência, Marina Silva, comemora a boa votação obtida na Bahia. Em telefonema ao presidente da sigla na Bahia, Ivanilson Gomes e ao deputado federal e líder da Bancada do PV na Câmara, Edson Duarte, Marina reconheceu o esforço do PV-Bahia e agradeceu ao povo baiano pela expressiva votação. Em Salvador, a candidata ficou na segunda colocação, superando José Serra (PSDB) com 30,21% dos votos válidos.
Marina aproveitou para convidar Ivanilson Gomes e Edson Duarte, membros da executiva nacional do PV, para se reunirem em Brasília onde o apoio para o segundo turno será discutido. “Qualquer posicionamento neste momento é precipitado. O PV vai discutir democraticamente o seu apoio”, disse Ivanilson Gomes que segue hoje para Brasília onde deve permanecer durante toda semana reunido com a executiva nacional.
“Vamos discutir estratégias de diálogos internas e com o que Marina chama de os núcleos vivos da sociedade. A posição vai ser discutida dentro e fora do PV já que a nossa candidata agregou diversos segmentos em torno do projeto verde”, afirmou Edson Duarte. Na próxima semana, a direção estadual do PV se reunirá para avaliar as eleições 2010 e discutir os rumos  da sigla após o pleito.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

‘Somos vitoriosos’, diz Marina Silva em pronunciamento II

‘Somos vitoriosos’, diz Marina Silva em pronunciamento

Marina Silva, candidata do PV à Presidência da República, afirmou em pronunciamento na noite deste domingo (3) que sua candidatura alcançou um de seus principais objetivos, quebrar a ideia de que esta seria uma eleição “plebiscitária”.
Essa conquista, representada pelos 20% de votos conquistados, “nos faz sentir profundamente vitoriosos”, disse Marina. Mesmo não conseguindo chegar ao segundo turno, “estamos em primeiro lugar no turno de uma nova política que se inaugura no Brasil”, afirmou a candidata.
Guilherme Leal, candidato a vice na chapa de Marina Silva, falou de sua satisfação em saber que tantos sonham em fazer do Brasil “uma grande nação, mais justa, mais próspera, uma nação de que todos possam se orgulhar”.

Com 20%, Marina foi a grande vitoriosa

Marina Silva, candidata do PV à Presidência da República, afirmou em pronunciamento na noite deste domingo (3) que sua candidatura alcançou um de seus principais objetivos, quebrar a ideia de que esta seria uma eleição “plebiscitária”. Essa conquista, representada pelos 20% de votos conquistados, “nos faz sentir profundamente vitoriosos”, disse Marina. Mesmo não conseguindo chegar ao segundo turno, “estamos em primeiro lugar no turno de uma nova política que se inaugura no Brasil”, afirmou a candidata. Guilherme Leal, candidato a vice na chapa de Marina Silva, falou de sua satisfação em saber que tantos sonham em fazer do Brasil “uma grande nação, mais justa, mais próspera, uma nação de que todos possam se orgulhar”.